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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nuvens

A nuvem é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos. A nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras.

As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo essencialmente da natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que a constituem e das correntes de ventos atmosféricos. A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem.

As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada, oriunda da evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de gelo que se formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de poeira suspensa na atmosfera.
Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento, tanto no sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é forçada a se elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem ser total ou parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem para baixo ela pode se dissipar pela evaporação das gotículas de água. A constituição da nuvem depende, então, de sua temperatura e altitude, podendo ser constituídas por gotículas de água e cristais de gelo ou, exclusivamente, por cristais de gelo em suspensão no ar úmido.


Classificação

Quanto ao aspecto

  • Estratiformes - nuvens de desenvolvimento horizontal, cobrindo grande área; apresentam pouca espessura; dão origem a precipitação de caráter leve e contínuo.
  • Cumuliformes - nuvens de desenvolvimento vertical, em grande extensão; surgem isoladas; dão origem a precipitação forte, em pancadas e localizadas.
  • Cirriformes - nuvens de desenvolvimento horizontal. São fibrosas, de aspecto frágil e ocupam as altas atmosferas. São formadas por cristais de gelo minúsculos e não dão origem a precipitação; porém elas são fortes indicativos de precipitação.

Quanto à constituição

  • Sólidas - Podendo conter gelo até mesmo de tamanho elevado, chegando a pesar 1 tonelada, se em nuvens chamadas de negras ou tremulas.
  • Líquidas - constituídas basicamente por gotículas de água.
  • Mistas - constituídas tanto por gotículas de água quanto cristais de gelo.

Quanto ao estágio (altura)

De acordo com o Atlas Internacional de Nuvens da OMM (Organização Meteorológica Mundial) existem três estágios ou grupo de alturas de nuvens:
  • Altas - base acima de 6 km de altura - constituídas por nuvens sólidas.
  • Médias - base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador - podendo ser nuvens líquidas ou mistas.
  • Baixas - base até 2 km de altura - constituídas de nuvens líquidas. Nuvens baixas a médias verticalmente desenvolvidas podem alcançar altitudes de cerca de 3 km.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mulheres-Girafas

É espantoso como as adversidades culturais existentes podem ser tão impactantes.
Vê-se o exemplo das “mulheres-girafa” da tribo Paduang na Tailândia. Elas se submetem a um hábito de usar argolas no pescoço desde os cinco anos de idade, com o intuito de alongá-lo até atingir o tamanho de 30 a 40 cm. Na verdade, segundo estudiosos, “não é o pescoço que cresce, mas os ombros que descem – a clavícula vai cedendo com o peso dos aros.” Dessa maneira, quatro vértebras torácicas passam a integrar a estrutura do pescoço.
Essa tradição é tão natural para elas quanto usar aliança, para nós. Elas explicam: “uso todos estes aros, assim como minha mãe, minha avó e minha bisavó usavam, simplesmente para ficar mais bonita”.
Elas têm algumas outras características distintas que somente o pescoço, usam aros nos pulsos e tornozelos, afinando esses membros também. Baixinhas, geralmente, têm apenas alguns dentes e os exibem em gengivas avermelhadas pelo bétele - planta cujas folhas são mascadas. Só no pescoço, elas chegam a carregar mais de 10 quilos de aros e junto com os anéis dos braços e tornozelos, o peso pode superar os 20 quilos.
Ao contrário da imaginação, criada pelo folclore, a cabeça dessas mulheres não cai quando os colares são retirados, tanto que elas costumam tirar o colar para se lavar; o pescoço continua rijo e pode quebrar-se se for virado subitamente.
Segundo estudiosos da Universidade de Chiang Mai, na Tailândia, não é o pescoço que cresce, mas os ombros que descem – a clavícula vai cedendo com o peso dos aros. Dessa maneira, quatro vértebras torácicas passam a integrar a estrutura do pescoço.


Detalhe: elas são chamadas de mulheres-girafas não só pelo tamanho do pescoço, mas também pelo andar característico, extremamente altivo, provocado pelo uso e pelo peso do colar.

De origem Africana, ainda que em menor número hoje em dia, a explicação desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:
  • O colar espantaria forças sobrenaturais para as quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constroem altares embaixo de grandes árvores;
  • O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;
  • Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário, ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;
  • Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;
  • Uma das explicações é que, para os padaungs (principal tribo de mulheres girafas), o centro da alma é o pescoço. Assim, para proteger a alma e a identidade da tribo, as mulheres protegem o pescoço com aros, entre cinco e 25, cada qual com 8,5 milímetros de diâmetro, antigamente de ouro e, hoje, de cobre ou latão.

Pés de Lótus

Assim como as mulheres girafas da tribo Padaung colocavam argolas em seus pescoços, modificando a anatomia de seu corpo como sinônimo de beleza, as mulheres chinesas foram submetidas a um tipo de modificação corporal extrema, devido a antigas tradições.
No passado, os pés das mulheres chinesas eram considerados estranhos em seu tamanho normal. A beleza e virtude da mulher chinesa estava vinculada ao tamanho de seu pé, que tinha que se assemelhar ao tamanho de uma pequena “flor de lotus”.
Essas mulheres eram julgadas pelo tamanho dos seus pés, em vez da sua fisionomia ou do seu corpo.Os pés de lótus representavam um dos critérios para avaliar a beleza das mulheres na antiguidade."Olhe para eles na palma da sua mão, tão maravilhosamente pequenos que desafiam a descrição”, diz um poema chinês sobre o pé de lótus, celebrado como ideal erótico por ser atrofiado ao ponto de medir até sete centímetros.
Para fazer os pés de lótus, estes eram enfaixados com ataduras com cerca 10 centrimetros de largura e de 3 a 4 metros de comprimento. O costume de enrolar os pés de lótus causava muitos sofrimentos às mulheres desde criança. Mas, para ter os "pés de lótus de ouro", considerados como o padrão de beleza feminina pela sociedade feudal, tinham que suportar toda a espécie de dores.

A chamada "beleza" custava a saúde.

Esse antigo costume, cruel e bizarro, começou durante a dinastia Sung (960-976 aC), com a intenção de imitar uma concubina imperial, que era obrigada a dançar com os pés enfaixados.
No momento em que uma menina completasse três anos,  ataduras eram colocadas em seus pés. Dobravam-se então, os quatro dedos menores até a sola do pé, forçando o calcanhar a entrar, acabando por quebrar os ossos.
O processo era torturante, porém se uma mulher não o fizesse, não consegueria se casar. Existe um suposto manual do sexo da dinastia Qing, onde são listados 48 maneiras diferentes de jogo de amor com mulheres com pés de lótus. Bizarro!
Muitos chineses achavam esses pés eróticos, considerados a parte mais íntima da anatomia das mulheres.Um pé enfaixado com sucesso, tinha de 7cm a 10cm. Com isso, as fábricas começaram a fabricar sapatos nessa medida.
A prática faria com que o pé dobrasse imitando uma flor de lótus. Essa tradição cessou no século 20, com o fim das dinastias imperiais e crescente influência da moda ocidental.
As ataduras dos pés de lótus, duraram do século 10 até 1949,  quando foi proibida pela nova república chinesa.
Os pés atados deixaram na  China inúmeras idosas com deficiência nos pés e sérios problemas de saúde.
Veja nas fotos uma chinesa que teve seus pés atados desde pequena,  usando o tradicional sapato chinês.